Monday, January 31, 2005
Falando nisso...
O que acontece quando se juntam
puteiros, ahn, prostíbulos regulamentados a um vasto sistema de bem-estar social? Na Alemanha, uma garçonete desempregada está correndo o risco de perder o direito ao seguro-desemprego por ter
recusado uma proposta de emprego numa, er, casa de tolerância:
The waitress, an unemployed information technology professional, had said that she was willing to work in a bar at night and had worked in a cafe.
She received a letter from the job centre telling her that an employer was interested in her "profile'' and that she should ring them. Only on doing so did the woman, who has not been identified for legal reasons, realise that she was calling a brothel.
Under Germany's welfare reforms, any woman under 55 who has been out of work for more than a year can be forced to take an available job – including in the sex industry – or lose her unemployment benefit. Last month German unemployment rose for the 11th consecutive month to 4.5 million, taking the number out of work to its highest since reunification in 1990.
Gostei desta parte:
The government had considered making brothels an exception on moral grounds, but decided that it would be too difficult to distinguish them from bars. As a result, job centres must treat employers looking for a prostitute in the same way as those looking for a dental nurse.
Opa, os bares alemães devem ser divertidos!
(Manuel, I wonder if that could happen in Japan? After all soapland is legal. I guess the gentlemen who recruit ladies in the streets of Tenjin are more efficient than government agencies, though.)
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rafael @ 20:09
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Sunday, January 30, 2005
Cosplay
Os japoneses inventaram o
cosplay, mas é difícil imaginar o
Koizumi fantasiado de
carteiro. Tá, o Lula é do povo, ele pode. E ele é humilde, não?
Lula repetiu que não irá jogar a "oportunidade ímpar" que o Brasil está tendo para se desenvolver.
"Deus não elege um pernambucano de Caetés todo ano para presidente da República. Não elege um metalúrgico todo ano para presidente da República. Eu sei da minha responsabilidade, não apenas com o país. A minha responsabilidade é com a minha história, a minha responsabilidade é com a minha origem."
Eu achava que direito divino não combinava com origens humildes, mas pensando bem, dizem que muitos príncipes eram filhos do bobo-da-corte.
Coming soon: Lula inaugura um
puteiro regulamentado, à caráter.
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rafael @ 23:30
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Friday, January 28, 2005
Aniversário da Libertação de Auschwitz
Ontem, 27 de janeiro, foi aniversário de 60 anos da libertação de Auschwitz. O
Israpundit organizou um blogburst, que é uma espécie de flash mob com blogs (e sem o ridículo). Fiquei sabendo em cima da hora então não deu tempo de participar (*), mas aí vai um trecho (editado) do texto em comum.
Remembering the Wannsee Conference and the Liberation of Auschwitz
On January 20th, we marked the anniversary of the 1942 Wannsee Conference. In the course of that Conference, the Nazi hierarchy formalized the plan to annihilate the Jewish people. Understanding the horrors of Auschwitz requires that one be aware of the premeditated mass-murder that was presented at Wannsee.
Highlighting these events now has become particularly important, even as the press reports that '45% of Britons have never heard of Auschwitz'.
The Holocaust, symbolized by Auschwitz, the worst of the death camps, occurred in the wake of consistent, systematic, unrelenting anti-Jewish propaganda campaigns. As a result, the elimination of the Jews from German society was accepted as axiomatic, leaving open only two questions: when and how.
The Wannsee Conference formalized "the final solution" - the plan to transport Europe's Jews to eastern labour and death camps.
The mass gassings of Europe's took place in Auschwitz between 1942 and the end of 1944, when the Nazis retreated before the advancing Red Army. Jews were transported to Auschwitz from all over Nazi-occupied or Nazi-dominated Europe and most were slaughtered in Auschwitz upon arrival, sometimes as many as 12,000 in one day. Some victims were selected for slave labour or “medical” experimentation before they were murdered or allowed to die. All were subject to brutal treatment.
In all, between three and four million people, mostly Jews, but also Poles and Red Army POWs, were slaughtered in Auschwitz alone (though some authors put the number at 1.3 million).
Auschwitz was liberated by the Red Army on 27 January 1945, sixty years ago, after most of the prisoners were forced into a Death March westwards. The Red Army found in Auschwitz about 7,600 survivors, but not all could be saved.
Nuno Guerreiro não participou do blogburst mas
escreveu 3 posts lá na Rua da Judiaria.
(*) eu estava pivotando.
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rafael @ 18:18
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Parceria improvável
Nick Park, o criador de
Wallace & Gromit, produz
A rebelião dos homens de massinha, com roteiro, é claro, de
Ortega y Gasset.
PS: isto é apenas um blog-massa, sem qualificações especiais. As parcerias improváveis originais, especialmente qualificadas, são do Ruy Goiaba.
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rafael @ 17:19
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Thursday, January 27, 2005
Aristóteles para as massas
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rafael @ 19:12
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Wednesday, January 26, 2005
Comentários aleatórios
"A Bunda é um argumento paralinguístico tão válido quanto um soco." --
Ratapulgo
"Nada como o cheiro de napalm depois de uma flamewar" --
Delance
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rafael @ 21:53
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Tuesday, January 25, 2005
Meu time faliu
Uma vantagem de ligas como a NBA e a japonesa de baseball é que o torcedor não corre o risco de ver seu time ser rebaixado, como acontece de vez em quando com times "grandes" no Campeonato Brasileiro ou, pior, Paulistão. A desvantagem, pelo menos no caso japonês, é que seu time corre o risco de falir. É o que aconteceu com o glorioso Fukuoka Daiei Hawks, para o qual torci apaixonadamente durante toda a minha infância. Ou pelo menos nos 2 minutos de uma partida que vi num dos supermercados Daiei, enquanto fazia as compras.
Adeus às super-promoções depois das vitórias dos Hawks. A rede de supermercados e o time foram comprados pela Softbank, uma empresa ponto-com. Acabou o romantismo.
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rafael @ 23:40
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Thursday, January 20, 2005
Literalmente
Se eu fosse o Aldo Rebelo, também ia proibir que invertessem subitamente os sentidos das palavras. Percebi que agora usam "literalmente" para
reforçar (assim mesmo, um reforço em negrito e itálico, tão supérfluo como este parêntese) o efeito de figuras de linguagem, justamente o contrário da acepção normal, que é frisar que
não se está falando num sentido figurado. Por exemplo, leio que tal lugar estava "literalmente explodindo de gente", mas não havia homem-bomba algum, nem houve explosão
real, de verdade, no sentido denotativo, sabe? E uma moça, até então atraente, me diz que está "literalmente morta de cansaço". Naturalmente, recuo aterrorizado. Se estivesse só morta de cansaço, poderia oferecer uma massagem, ou
pickup line equivalente. Mas necrofilia, nem morto.
Agora, suponha que a menina, outra, esteja doente de amor. Mas literalmente doente, no sentido literal de "literalmente" que não podemos mais usar. Com febre mesmo, o doutor diz que não há remédio em toda a medicina, etc. O que ela diz para o amado? Que está denotativamente doente?
Fico literalmente arrasado com essas coisas.
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rafael @ 19:11
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Tuesday, January 18, 2005
Terminal
Forrest Gump interpreta Tom Hanks. O ponto alto do filme é quando a personagem de Catherine Zeta-Jones pergunta a Forrest Gump se ele escapou de um hospício. Aliás, não sei o que vêem na Catherine Zeta-Jones. Além das zetas. Mas, o filme foi melhor do que eu esperava.
E outro dia, um amigo e eu alugamos o pior filme do mundo. Bem,
ele escolheu; eu só paguei. É um horror japonês chamado
Lenda Urbana. Sim, pelo título já dá pra ter uma idéia de que é porcaria, mas quem disse que nós nos demos ao trabalho de ler o título antes de alugar? E como horror pouco é bobagem, pegamos logo
Lenda Urbana 2 também (eu, inocentemente, achei que meu amigo conhecesse os filmes). E não é aquele tipo de filme mal-feito mas divertido; 90% do tempo não vemos coisas como cenas, locações, atores contracenando e tal, apenas um japonês careca dentro de uma cela usando um laptop e
contando as histórias. É um documentário de terror! Cotação: 10 tomates podres.
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rafael @ 19:56
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Friday, January 14, 2005
Tsunami
O que terá acontecido aos habitantes de Lilliput e Blefuscu?
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rafael @ 13:19
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The Good, the Bad and the Fat
Charlton Heston fez o papel de otário no documentário de ficção
Tiros em Columbine. Clint Eastwood não pretende cair nessa:
"Michael Moore and I actually have a lot in common - we both appreciate living in a country where there's free expression," Eastwood told the star-dotted crowd attending the National Board of Review awards dinner at Tavern on the Green, where Eastwood picked up a Special Filmmaking Achievement prize for "Million Dollar Baby."
Then, the Republican-leaning actor/director advised the lefty filmmaker: "But, Michael, if you ever show up at my front door with a camera - I'll kill you."
The audience erupted in laughter, and Eastwood grinned dangerously.
"I mean it," he added, provoking more guffaws.
Sitting well out of range at a table in back, Moore - who received a special "Freedom of Expression" award for his anti-Bush polemic "Fahrenheit 9/11" - chuckled.
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rafael @ 11:52
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Tuesday, January 11, 2005
Duh
Sempre que vou à vídeo-locadora passo na seção de clássicos, mesmo que não pegue nenhuma fita de lá. Há vários filmes franceses e italianos que eu quero ver, mas não alugo porque não entendo francês nem italiano e não consigo ler as legendas em japonês. Da última vez eu quase, quase peguei um filme do Truffaut, mas deixei pra lá. Não entenderia o filme e ainda perderia a vontade de assistir depois, com legendas em português. Então fui pra seção de lançamentos em DVD e peguei...
Goodbye Lenin. Só me toquei que o filme era alemão na hora de ver. Scheiss.
Acabei assistindo dublado em japonês com legendas também em japonês. Parar o filme no meio pra entender diálogos importantes não é divertido, mas pelo menos aprendi como se fala "ataque cardíaco" e "estado de coma" em japonês.
Gostei da Chulpan Khamatova, a russa aí na foto.
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rafael @ 01:34
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Thursday, January 06, 2005
I'm a proud friend of Micronesia
Vi um site que diz que a ONU passou 65 resoluções (segundo outras fontes a contagem já passa de 80) contra Israel e nenhuma contra a Palestina. Incrivelmente, eles concluem que por isso Israel é maligno e que os EUA não devem ajudá-lo. Eu me pergunto como uma palhaçada dessas proporções pode acontecer durante tempo numa organização que se pretenda a favor da paz.
Bem, por um lado é compreensível que não passem resoluções contra a Palestina, simplesmente porque não existe um estado palestino. Mas se a OLP (e agora a Autoridade Palestina) foi aceita como representante do povo palestino, por que não há uma única resolução que mencione os atentados árabes contra civis israelenses? Nos últimos anos passaram
uma resolução "contra o terrorismo" e
outra pela proteção de crianças em conflitos armados, mas nenhuma delas menciona nominalmente os palestinos, a Síria ou o Irã, que defendem abertamente terroristas e
treinam crianças para a guerra, quando não as transformam logo em
bombas para explodir israelenses.
Dezenas dessas resoluções exigiam o fim da ocupação israelense no Líbano. Israel finalmente retirou as tropas em 2000 e,
sure enough, continuou sendo atacado pelo Hezbollah. Bem, a ocupação do Líbano provavelmente foi um erro pra começar, mas por que tanta gente continua repetindo a ladainha de que o problema do Oriente Médio é a ocupação israelense nos territórios palestinos? Os palestinos não dão indicação alguma de que fariam diferente do Hezbollah.
A resolução
487 por si só mostra a diferença entre ONU e Israel: "condena fortemente" o ataque israelense a um reator nuclear iraquiano em 1982. O ataque foi preciso e sem vítimas: foi num domingo, quando os franceses que trabalhavam na construção estavam de folga; e o reator ainda não continha material nuclear. Mas para a ONU isso foi inadmissível, a despeito de Israel ter tentado antes a via diplomática com os franceses, que infelizmente não tinham tempo para discutir, que estavam muito ocupados fazendo negócios com tio Saddam.
A Micronésia, federação de 4 arquipélagos no Pacífico, é um dos pouquíssimos países que vota a favor de Israel na ONU. Fiquei sabendo através do blog
Friends of Micronesia, uma boa fonte de informações sobre Israel e anti-semitismo.
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rafael @ 01:51
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Saturday, January 01, 2005
Feliz Ano Novo
E uma mensagem positiva aos meus colegas. Depois de 4, 5, 8 anos de graduação, no mínimo 3 de pós, em alguns casos extremamente infelizes precedidos de 3 ou 4 de colégio técnico, ao menos temos a esperança de consolação na outra vida. Do Sahih Bukhari, coletânea de tiradas e peripécias de Maomé:
Narrated Abu Said Al-Khudri:
Once Allah's Apostle went out to the Musalla (to offer the prayer) o 'Id-al-Adha or Al-Fitr prayer. Then he passed by the women and said, "O women! Give alms, as I have seen that the majority of the dwellers of Hell-fire were you (women)." (...)
Em respeito às leitoras omitirei os motivos alegados para a disparidade (tanto nas exatas como no inferno).
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rafael @ 16:02
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