Yabbai

this is an ex-blog

Wednesday, March 30, 2005

você sabe que está gastando tempo demais com blogs quando

lê uma menção a Almirante Nelson e se pergunta o que o Nelson da Praia tem a ver com a história, até que suas sinapses ainda ligadas ao mundo real o lembram que é o inglês, claro, Vice Admiral Horatio Lord Nelson, herói de tantas batalhas contra Napoleão. Entre outros títulos, tinha o de Knight of the Most Honourable Order of the Bath, talvez porque naquela época fosse deveras heróico tomar banho.
# posted by rafael @ 05:52 |

Tuesday, March 29, 2005

A, Jung! Nu, já?

Ó Id, rato tardio.
Superego, gere pus!
Ego, foge!
# posted by rafael @ 15:42 |

Wednesday, March 23, 2005

Por que não escrevo muito aqui

Indolence saves us from prolixity and thereby from the shamelessness inherent in production.

Bill Vallicela comenta outros aforismos de Cioran (parece-me impertinente comentar aforismos, mas afinal é um blog de filosofia).

E isto:
« Tout ce que j'ai de bon vient de ma paresse; sans elle, qui m'aurait empêché de mettre en application mes mauvais desseins ? Elle m'a heureusement contenu dans les limites de la "vertu". Tous nos vices viennent de l'excès d'activité, de cette propension à nous réaliser, à donner une apparence honorable à nos travers. »
que estou com paresse de traduzir.
# posted by rafael @ 21:21 |

Sunday, March 20, 2005

Quero meu dinheiro de volta

É chato ser acordado duas vezes na mesma manhã de domingo. A primeira foi uma entrega. Eu sabia que chegaria de manhã, inclusive pedi que fosse de manhã para que eu não precisasse ficar a tarde toda em casa esperando.

Mas a segunda vez foi um terremoto de magnitude 6 (os jornais estrangeiros dizem que foi 7). Quando eu vim para Fukuoka me disseram que não havia terremotos por aqui. Quero meu dinheiro de volta.

Incrivelmente, toda a bagunça espalhada em cima da pia, da TV, da mesa e da estante continou no mesmo lugar. Mas agora vou seguir o manual de instruções da estante e fixá-la à parede. Não gosto da idéia de morrer sob dicionários de japonês e livros de go.
# posted by rafael @ 21:17 |

Thursday, March 17, 2005

Olivia (sem acento)

Começar a ler um livro é sempre tão chato, aquele narrador falando daquele bando de gente que você não conhece...

Eu só suporto a minha própria intolerância (que não é das pequenas). A intolerância dos outros me chateia. [...]
# posted by rafael @ 19:05 |

Tuesday, March 15, 2005

Mais uma demonstração no Líbano

lebanese-chick-in-red

Não sei se demonstração é uma tradução apropriada para demonstration. Bem, neste caso é.
# posted by rafael @ 23:52 |

Desertos e pomares

Às vezes dizem que Israel transformou desertos em pomares (ou jardins, take your pick). Pode ser uma imagem bíblica bonita, mas quando usada para se falar de um país contemporâneo e secular sempre me pareceu um pouco apologético demais, quase uma propaganda de viagem de turismo. Até que eu vi esta foto de satélite:

israel_satellite_image

Se ainda houver dúvida, veja um mapa político. Sim, ao sul o deserto do Negev continua sendo um deserto. Mas que beleza.

Daria o crédito da foto se lesse húngaro. Thanks to Jewlicious for the link.
# posted by rafael @ 00:55 |

Sunday, March 13, 2005

Êxodo 8:2

but it did happen

Se você prestar bastante atenção nessa cena de Magnolia, verá um sapinho gay ao fundo cantando:

Humidity's rising
Barometer's getting low
According to all sources
The street's the place to go

'Cos tonight for the first time
At just about half past ten
For the first time in history
It's gonna start raining men

It's raining men
Hallelujah it's raining men, Amen
It's raining men
Hallelujah it's raining men, Amen
# posted by rafael @ 18:12 |

Saturday, March 12, 2005

Let love and friendship their choicest treasures then display

O Cisco achou a letra bobinha:
The animals went in two by two, Hurrah, Hurrah
The animals went in two by two
The elephant and the kangaroo
And they all went into the ark
Just to get out of the rain
Mas é legal cantada. É uma melodia bem popular, mas só descobri que tinha uma letra quando a ouvi cantada por uma banda alemã de heavy metal (!).

A melodia é de uma canção tradicional irlandesa, mas a versão que ficou famosa mesmo é When Johnny Comes Marching Home, da época da Guerra Civil Americana. Eu conhecia o título por ter visto num livrinho de canções tradicionais, mas minha carreira musical terminou deveras prematuramente e nunca cheguei a aprendê-la. Só fui associar o nome à melodia quando o vi num post (que não acho agora) do Delance.
When Johnny comes marching home again,
Hurrah! Hurrah!
We'll give him a hearty welcome then,
Hurrah! Hurrah!
The men will cheer, the boys will shout,
The ladies they will all turn out,
And we'll all feel gay
When Johnny comes marching home.

The old church bells will peal with joy,
Hurrah! Hurrah!
To welcome home our darling boy,
Hurrah! Hurrah!
The village lads and lassies say
With roses they will strew the way,
And we'll all feel gay
When Johnny comes marching home.

Get ready for the Jubilee,
Hurrah! Hurrah!
We'll give the hero three times three,
Hurrah! Hurrah!
The laurel wreath is ready now
To place upon his loyal brow,
And we'll all feel gay
When Johnny comes marching home.

Let love and friendship on that day,
Hurrah! Hurrah!
Their choicest treasures then display,
Hurrah! Hurrah!
And let each one perform some part
To fill with joy the warrior's heart,
And we'll all feel gay
When Johnny comes marching home.
Não é bonita? Há um mp3 da primeira gravação (de 1898!) aqui. É patético, no bom sentido. Não sei se é efeito da gravação, ou o cantor John Terrill que estava inspirado. Não é que a melodia e a letra sejam tristes: posso imaginar um pub cheio de gente cantando essa música, e alegremente. Mas o jeito que ele canta -- a voz dele não é lá essas coisas -- puxa, tenho impressão de que não há muitas chances de Johnny voltar pra casa. E quando ele canta "we'll all feel gay" (sem piadinhas óbvias, por favor) parece ainda mais triste.
# posted by rafael @ 03:01 |

Friday, March 11, 2005

numa noite de outono

O mar soprando frio, e os peixes pulando, pulando como se fosse verão.
— Queria ser amarga também.
— Eu te ensino.
Ele quase se arrependeu da resposta impensada e boba, mas ela sorriu um sorriso tão puro, cheio de gratidão e doçura. Ele soube, aliviado, que ela nunca aprenderia.
# posted by rafael @ 20:40 |

Sunday, March 06, 2005

Ô lá em casa!

lebanese-chick1

Fotos da AFP/Patrick Baz, via Instapundit. Mas não vou fazer como o Glenn Reynolds que colocou um monte de texto inútil.

lebanese-chick2

Revolução? É um maldito desfile.

lebanese-chick3

Obrigado, São Maron, pelas graças.

PS: mas, sério, um critério simples: não tem sangue, não é revolução.
# posted by rafael @ 23:47 |

Thursday, March 03, 2005

A propósito

do post anterior.
QUÃO formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas são como jóias, trabalhadas por mãos de artista.

O teu umbigo como uma taça redonda, a que não falta bebida; o teu ventre como montão de trigo, cercado de lírios.

O teu pescoço como a torre de marfim; os teus olhos como as piscinas de Hesbom, junto à porta de Bate-Rabim; o teu nariz como torre do Líbano, que olha para Damasco.

A tua cabeça sobre ti é como o monte Carmelo, e os cabelos da tua cabeça como a púrpura; o rei está preso nas galerias.

Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias!

PS: ao contrário do que eu disse antes, neste caso o Almeida é tão bom quanto o Rei Jaime.
# posted by rafael @ 16:01 |

Trigueira, porém formosa



Acho que ela ficaria mais bonita se não fosse cara-pintada e não estivesse num protesto político. Mas é bonita.

Fora síria! Fiquem, libanesas.
# posted by rafael @ 15:28 |