Yabbai

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Thursday, April 28, 2005

Ocean's 11 & 12

The Rat Pack

Alguma coisa acontece quando entro nessa vídeo locadora, aquele detector que fica na entrada deve fazer algum efeito misterioso no meu cérebro e acabo pegando filme em alemão com legenda em japonês, filme com lombrigas alienígenas, e documentários de horror japoneses.

Da última vez, queria rever Ocean's Eleven antes de assistir Ocean's Twelve no cinema. A locadora espertamente colocou cópias do Ocean's 11, o original, junto com as cópias do remake que estavam em destaque e eu, ainda mais espertamente, nem olhei a capa e peguei. Dessa vez errei certo: the Rat Pack is cool. Os críticos dizem que o filme é arrastado, a ação só começa lá no final. É sim, mas mesmo enquanto não começa, o filme é legalzinho, sabe? Dizem que as atuações não são nada demais. Ei, mas Frank Sinatra, Dean Martin, Peter Lawford and Sammy Davis Jr. são cool, vai:

Most filming was accomplished early in the morning, before sunrise, since most of the actors also had shows in Las Vegas that they performed nightly during the shooting. The actors would wake up in the afternoon, do one or two shows in the evening, then go through make-up and arrive at the shooting locations for principal photography. Each shooting location was fully set up in advance so that minimal time would be wasted once the actors arrived.


Se é melhor que o remake? Hmmm, dizer isso seria tão clichê quanto "o livro é melhor que o filme", e apesar do casting tão enjoativo (Clooney, Pitt, Matt Damon, etc) o remake tem uma edição supimpa e um tempo melhor.

O maior problema do remake é que fez sucesso e teve uma sequência, and it sucks bigtime. Sério, sr. roteirista, Julia Roberts no papel de alguém que se disfarça de Julia Roberts? Só entendi o filme quando rolavam os créditos: eles deram um golpe perfeito sim, e levaram bilhões de dólares. Da platéia.
# posted by rafael @ 12:08 |

Monday, April 25, 2005

Lo! and behold

I owe my complete restoration to a discovery I made while being treated at that particular very expensive sanatorium. I discovered there was an endless source of robust enjoyment in trifling with psychiatrists: cunningly leading them on; never letting them see that you know all the tricks of the trade; inventing for them elaborate dreams, pure classics in style (which make them, the dream-extortionists, dream and wake up shrieking); teasing them with fake "primal scenes"; and never allowing them the slightest glimpse of one's real sexual predicament. By bribing a nurse I won access to some files and discovered, with glee, cards calling me "potentially homosexual" and "totally impotent." The sport was so excellent, its results--in my case--so ruddy that I stayed on for a whole month after I was quite well (sleeping admirably and eating like a schoolgirl). And then I added another week just for the pleasure of taking on a powerful newcomer, a displaced (and, surely, deranged) celebrity, known for his knack of making patients believe they had witnessed their own conception.

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Juro que já tinha pensado em fazer algo parecido, antes de ler isso, mas então eu já tinha recebido alta. Hmm, o SUS oferece tratamento psicológico gratuito?
# posted by rafael @ 16:42 |

Friday, April 22, 2005

Lazarus Long

A human being should be able to change a diaper, plan an invasion, butcher a hog, conn a ship, design a building, write a sonnet, balance accounts, build a wall, set a bone, comfort the dying, take orders, give orders, cooperate, act alone, solve equations, analyze a new problem, pitch manure, program a computer, cook a tasty meal, fight efficiently, die gallantly. Specialization is for insects.


Moving parts in rubbing contact require lubrication to avoid excessive wear. Honorifics and formal politeness provide lubrication where people rub together. Often the very young, the untravelled, the naive, the unsophisticated deplore these formalities as "empty," "meaningless," or "dishonest," and scorn to use them. No matter how "pure" their motives, they thereby throw sand into the machinery that does not work too well at best.


The two highest achievements of the human mind are the twin concepts of "loyalty" and "duty". Whenever these twin concepts fall into disrepute -- get out of there fast! You may possibly save yourself, but it is too late to save that society. It is doomed.

Lazarus Long, em Time Enough for Love (obrigado ao Alexey por me lembrar da primeira citação).
# posted by rafael @ 20:47 |

Faixa de Gaze

O vice-primeiro-ministro (segundo-ministro?) israelense Shimon Peres deve ser especialista em boas intenções. Os Acordos de Oslo, por exemplo, foram tão geniais, tão bem-intencionados que lhe valeram um Nobel da Paz. Na prática Oslo foi um fracasso explosivo, mas isso não importa (ao contrário dos outros prêmios Nobel, para ganhar o da Paz o que vale é a intenção).

Agora, com a retirada dos israelenses da Faixa de Gaza, ele veio com mais uma: criar um Club Med nas áreas abandonadas. Não percam a campanha de publicidade que o IsraellyCool sugeriu para o novo Club Med.

PS: o Club Med talvez fique perto da boate que Ruy Goiaba descobriu, The Gaza Strip. E como trocadilho ruim pouco é bobagem, digo mais: essa boate deve ser repleta de bombshells.
# posted by rafael @ 19:35 |

Tuesday, April 19, 2005

biodiversidade

"Defender a biodiversidade é a forma mais profunda de viver a espiritualidade."

Quem disse isso não foi um hippie do Greenpeace, mas um monge beneditino. Agora entendo como monges podem passar tanto tempo enclausurados e plantando alface. É que não estão enclausurados e plantando alface, estão no campo criando novas plantas híbridas e nos laboratórios pesquisando biogenética, atingindo assim níveis de espiritualidade que nenhum asceta jamais conseguiria. Aposto que a Monsanto foi fundada por dropouts de um mosteiro.

Para quem quiser ver a frase no contexto, está aqui, mas aviso que nesse caso ela fará ainda menos sentido.

Via Claudio do Se Liga (sem permalinks, infelizmente).
# posted by rafael @ 21:16 |

Monday, April 11, 2005

idéias para adesivos de carro

Don´t immanentize the eschaton!

O GÊNIO É UM SER ESPECIAL SAÍDO DO NADA (*)

Um outro mundo não é possível.

(*) de Julio Dapunt (falarei mais sobre ele depois)
# posted by rafael @ 12:01 |

Monday, April 04, 2005

crítica literária express

Li a primeira página de A Hora da Estrela, na livraria. É ruim. Li as duas páginas seguintes para confirmar, folheei um pouco. É mal escrito, e não convence. E isso é a obra-prima dela?
# posted by rafael @ 22:48 |

back to Bananão

De férias, depois de uma viagem muito muito longa. A parada de 7 horas em Toronto não ajuda: muito curta pra sair do aeroporto e dar uma olhada na cidade, muito longa pra ser confortável.

Criei vários posts geniais durante o vôo, mas infelizmente não os escrevi e os esqueci todos.

Antes de falar mal do Brasil, tenho que falar bem do Japão. Depois que se passa um tempo lá, acostuma-se com a civilidade e a gentileza -- o termo mais apropriado aqui seria polidez, mas deixem-me ser generoso -- dos japoneses. O que no começo era muita "frescura" passa a ser quase agradável e então normal, e se esquece que não é assim no resto do mundo. O Manuel tem um post com um bom exemplo, um simples atendimento telefônico de uma empresa japonesa e uma mexicana (que podia muito bem ser brasileira). Mas pessoalmente é pior: num "restaurante" do aeroporto canadense os garçons guardinhas pareciam estar fazendo um favor, e penoso, ao nos servir. Digo guardinhas porque as mesas ficavam ao aberto, apenas cercadas por umas cordinhas, então pessoas traziam lanches de outros lugares pra comer lá e os guardinhas iam expulsá-los e apontar as 3 mesinhas que estavam fora do cercado. Minha sensação não foi de, er, indignação nem nada que me fizesse escrever cartinha pro jornal; eu só queria comer. Mas que é esquisito, é.

Ah, encontrei pessoas gentis no caminho, embora fosse uma gentileza sem a reserva e a distância nipônicas, como o funcionário da imigração: Hello... Rafael. How are you? So you are a student in Japan? What do you study? Do you like it? Welcome to Canada, enquanto verificava os documentos. Assim, escrito, parece óbvio que foi um interrogatório, mas então demorei alguns instantes pra perceber. Que seja, fui bem interrogado.

E a comissária de bordo (já muito, er, madura pra ser chamada aeromoça) que, quando expliquei que minha bagagem de mão grande demais tinha presentes sensíveis que eu não podia arriscar a despachar, folgadamente perguntou se tinha algum pra ela. Brincadeira impensável na Hellokittylândia mas, bem, não virei japonês. Além disso ela não implicou com a bagagem de mão grande demais.

E a funcionária argentina da alfândega que falou em português comigo (desnecessário, mas what the hell), e revistou minha bagagem mui educadamente, ou tanto quanto é possível ao se revistar uma bagagem. Mas só estou mencionando isso pra suavizar a impressão, mais forte, de que no Canadá -- ou no Brasil -- é normal restaurantes terem guardinhas no lugar de garçons.
# posted by rafael @ 22:13 |