Yabbai

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Sunday, May 29, 2005

Grupo de Estudos Liberais

Não vou entrar, por enquanto, mas aí vai o convite e a página do grupo. Via Abafos e Desabafos.
# posted by rafael @ 04:10 |

Saturday, May 28, 2005

in related news

No Paquistão, onde 97% da população é muçulmana,

At least 20 people were dead and 50 injured when a suicide bomber blew himself up at Bari Imam compound where hundreds of people including women and children belonging to Shiite community were attending an annual religious congregation on Friday morning.
(...)
Meanwhile, Sheikh Rashid Ahmad, the information minister, condemned the attack and said vested interests who wanted to create law and order situation in the country, were involved the incident.

He said no Muslim could be involved in such attacks.

Claro. Só pode ter sido um daqueles malditos hare-krishnas, como sempre.
# posted by rafael @ 01:41 |

Friday, May 27, 2005

Tragédia após lançamento do Supertrunfo Católico

Após um grupo de blogueiros lançar o Super Trunfo Católico, considerado profano pela Igreja, milhões de católicos saíram às ruas do País ontem para protestar. As manifestações logo saíram fora de controle, resultando em 5 trios elétricos com músicas de Padre Marcelo, 42 mortes, 232 feridos e dezenas de abortos.

O Super Trunfo Católico é uma paródia do jogo de cartas Super Trunfo, mas com santos no lugar dos tradicionais carros. A carta "super trunfo", a mais poderosa do baralho, é representada por Jesus Cristo. Em sermões no último domingo, vários padres e bispos denunciaram "um profundo desrespeito ao catolicismo" e "total falta de critério na definição de Fé, um absurdo S. Agostinho ter apenas 420!", e clamaram por uma nova cruzada. Os criadores do jogo se recusaram a comentar a tragédia.
# posted by rafael @ 23:33 |

Wednesday, May 25, 2005

o anarquismo que ousa dizer seu nome

Anarquistas gaúchos se reúnem para discutir o nome de sua organização. Que tal Grupo Anarquista Gaúcho? Não, a sigla GAG não ficaria bem. Sociedade Anarquista do Rio Grande do Sul? Não, SARS é nome de doença. Ah, então vamos de Federação Anarquista Gaúcha, a FAG.
# posted by rafael @ 19:29 |

mãe, ele me chamou de wunderblogger!

Não tinha percebido, parece que wunderblogger está virando genérico. Digo, no vocabulário dos seus críticos. Daqui a pouco vira xingamento genérico como "fascista" ou "nazista". Já imagino grupos de skinheads do ABC se defendendo: "somos a favor da pureza racial paulista, execramos a pederastia, mas NÃO somos wunderbloggers".

Falando nisso, tem uma crítica-padrão que é a minha preferida, mais ou menos assim:
"os wunderbloggers são inteligentes, mas usam a inteligência para o mal."
# posted by rafael @ 17:35 |

Monday, May 23, 2005

a lenda do pianista do mar

Dripping wet and deeply disturbed, the smartly-dressed man was discovered walking along a windswept road beside the sea. Over the next few days he steadfastly refused, or was unable, to answer the most simple questions about who he was or where he had come from.

It was only when someone in hospital had the bright idea of leaving him with a piece of paper and pencils that the first intriguing clue about the stranger's past emerged. He drew a detailed sketch of a grand piano. Excited, hospital staff showed him into a room with a piano and he began to skilfully perform meandering, melancholy airs. Several weeks later he has still not spoken a word, expressing himself only through his music.


O resto da história lá no Guardian.
# posted by rafael @ 17:15 |

Thursday, May 19, 2005

move along, nothing to see here

Quem veio aqui através do artigo da Falha de S. Paulo, não se preocupe se não encontrar "análises bem-humoradas sobre o panorama nacional", eu mesmo fiquei surpreso com essa descrição e dei uma olhada no meu próprio blog pra ver se encontrava tais "análises", sem sucesso. Temos fotos da "Revolução" dos Cedros, serve?

Nada contra quem faça análises bem-humoradas sobre o panorama nacional, mas é que se eu fosse me dar ao trabalho de fazer "análises", não seriam sobre o "panorama nacional", que não sei bem o que é mas suponho que seja o panorama político. Não exatamente por ser um assunto chato -- meus milhares de leitores fiéis sabem que falo de vez em quando sobre Israel e Palestina -- é que pra falar sobre o "panorama nacional" eu provavelmente teria que ler o caderno político dos jornais brasileiros e, pra um auto-exilado como eu, isso seria masoquismo demais. Pra vocês terem uma idéia, eu só sei vagamente quem é o Severino porque vi menções a ele em outros blogs e nesses emails revoltados que as pessoas mandam.

A matéria da Folha é só para assinantes, mas pode ser vista no FYI, que também foi citado, assim como dois outros blogs brasileiros que leio, o Barnabé e o Alto Volta (este o mais próximo de oferecer análises bem-humoradas sobre o panorama nacional). Tenho que admitir que fiquei surpreso: citaram vários blogs fora da linha esquerda, anti guerra do Iraque e anti-EUA, como Merde in France, Iraq the Model, e Blogs for Bush e não fizeram nenhum comentário depreciativo. Next thing you know, o pessoal do UOL pára de fazer traduções criativas de manchetes do NYT.
# posted by rafael @ 15:13 |

Monday, May 16, 2005

conversa furtada

Subindo a rua da minha casa. Uma menininha aponta pra um canto de um galpão (aparentemente abandonado) e pergunta pra vó:

- Morreu alguém aqui?
- Por quê?!

Como eu estava de bicicleta, já estava meio longe quando a menina explicou o porquê da pergunta. Só ouvi algo a ver com "nasceu". Droga, eu devia ter parado pra ouvir.

Não tinha nada de anormal naquele cantinho, só um monte de folhas secas. E se a menina for paranormal? Talvez elas se assustassem com um gaijin desconhecido abordando-as do nada mas, droga, eu devia ter perguntado.

Ah, o pessoal do Insanus está com um novo blog coletivo, Conversas Furtadas.
# posted by rafael @ 23:22 |

Friday, May 13, 2005

America We Fuck as We Stand Yeah

Este vídeo (se não funcionar, tem uma cópia aqui) só pode ser coisa de anti-americano, ou no mínimo um democrata anti-Bush com mais talento que o Michael Moore. Mas não, Dennis "Danger" Madalone jura que é patriota e que o filme é pró-EUA.

Alguém tentou piorar -- ou melhorar, não sei -- a coisa, mixando com America Fuck Yeah, da trilha de Team America, última animação dos criadores do South Park (*). Madalone parece não ter gostado. Mas pra quem trabalhou 14 anos como dublê na série Star Trek (ênfase no Star Trek), nada mal.

(*) não sei se estreou no Brasil e com que nome. Estava procurando a data de estréia no Japão e topei com a notícia que embaixada da Coréia do Norte na República Checa exigiu que os checos parassem de exibir o filme (devem ter se esquecido que os checos não são mais comunistas há algum tempo).
# posted by rafael @ 21:54 |

Sunday, May 08, 2005

As for colonialism, this third-world feminist of color should get down on her knees and thank Siva that her country was the beneficiary of British colonialism. Without it, she would never have heard of feminism or even of the third world, since the very concept depends upon the freedom, education, and language that the West brought to savages countries in the 18th and 19th centuries. India is such an economic powerhouse today because of the legacy bequeathed by her former colonial rulers--a legacy that includes Western technology, the rule of law, better health and hygiene, education, and democracy. It also includes the absence of certain things--suttee, for example, the barbaric practice of incinerating a widow on the funeral pyre of her dead husband, one of many "traditional" customs that the British put a stop to. If the British sinned, it was not because of their colonial rule, but because of the failure of nerve that led them to withdraw too precipitously from colonies that were ill-equipped to govern themselves--colonies in Africa, for example, and India itself. Had Britain had the courage to face down Gandhi and his rabble a few years longer, the tragedy that was the partititon of India might have been avoided.

Roger Kimball, no blog da New Criterion.
# posted by rafael @ 23:39 |

Saturday, May 07, 2005

livros

O Noronha passou a bola. Agora é só chutar pro mato. Eu realmente não li livros o suficiente pra ter um gosto definido, mesmo se restringindo à ficção. Quando criança lia aos montes, mas desde que entrei na universidade tenho lido pouca ficção, e não tenho nem a desculpa clássica de falta de tempo: é falta de concentração (abandono livros no meio) ou preguiça mesmo. Mas vamos lá...


Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?

Eu interpretei essa pergunta assim: se você tivesse que escolher um livro a ser queimado, qual você escolheria? Nesse caso, seria O Guarani de José de Alencar, ou equivalente (não conheço os equivalentes porque depois desse instintivamente evitei romances brasileiros e portugueses da época, inclusive as leituras "obrigatórias" para o vestibular. Posso ter perdido alguma coisa boa. Um dia, se der tempo, eu volto). Trechos selecionados seriam preservados para que os estudantes brasileiros tivessem uma amostra do peso de que se livraram e eu seria louvado por séculos e séculos.

Todo mundo interpretou de outra maneira, o que provavelmente significa que estão todos errados, menos eu. Mas para preservar o wa, vamos lá: Gargântua, de Rabelais. Ou Gödel, Escher e Bach, de Douglas Hofstadter. Ou Gargântua dentro de um diálogo de Gödel, Escher e Bach.

Já alguma vez ficaste apanhadinho por um personagem de ficção?

Hmm, não. Podia ter sido a Capitu do Bentinho, mas na época eu achava que "olhos de ressaca" eram o resultado de um porre.

Engraçado, porque ficção é tão melhor que o mundo real, digo, pode ser tão melhor. Mas não me ocorre nenhuma mulher ideal na ficção (escrita), e eu encontrei a minha no mundo real (e ela nem lê este blog).

Qual foi o último livro que compraste?

Comprei 13 livros na Amazon -- não quer dizer que eu leia muito, isso vai dar para meses e mesmo assim alguns deles vão ficar na estante por um bom tempo. Vou citar só os de ficção (alguém quer saber o que ando lendo de história, filosofia, teologia? Talvez o de casos de uso?).

The Long Goodbye de Raymond Chandler. Esta semana assisti The Big Sleep, filme baseado no romance de Chandler, e achei meio chatinho, apesar de Lauren Bacall e Humphrey Bogart. Bem, o som ruim do VHS aliado à minha pobre compreensão oral do idioma de Samuel Goldwyn não ajudou. (mas Chandler está na lista do Uncle Filthy, eu comprei certo!).

I don't know yet what I am capable of doing, but by God, I have genius -- I know it too well too blush behind it, disse Thomas Wolfe aos 23, e seis anos depois publicou Look Homeward, Angel: A Story of the Buried Life.

Revolt in 2100: Methuselah's Children de Robert A. Heinlein. Esse livro tem uma capa tão ruim que merece um post à parte.

Don't Point That Thing at Me de Kyril Bonfiglioli. Também merece um post à parte, mas por um bom motivo: é delicioso.

The Confession of a White Widowed Male (anti-cata-corno Google: Lo-lee-ta)
de Humbert Humbertovich Nabokov (1). Também mereceria um post à parte, mas ao invés disso vou escrever uma resenha na Amazon sobre as anotações, que me custaram uns 2 dólares e vários preciosos minutos a mais. E continuo lendo uma ou outra porque, às vezes, às vezes, elas são bem legais, e não spoilers (não que eu esteja reclamando que anotações contenham spoilers, mas... (2)) ou informações inúteis e desinteressantes. Mas é difícil saber sem olhar. C'est la vie. (3)

(1) Quilty.
(2) She meets Quilty here.
(3) French. "That's life". The author is expressing his regret about his choice.

Copiei a lista da Amazon.co.jp, então os links naturalmente apontam para lá (em muitos casos, se você substituir o .co.jp por .com, funciona).

Qual o último livro que leste?

Revolt in 2100 & Methuselah's Children.

Que livros estás a ler?

Lolita e Man's Search for Meaning, de Viktor Frankl. Esse Frankl é um judeu pervertido, mas Lolita é um saudável antídoto moral.

Cinco livros que levarias para uma ilha deserta?

Muitos roubaram aqui: pô, "obras completas" não vale. Mas eu levaria a coleção de contos de Machado de Assis (2 dos pouquíssimos volumes de ficção que eu trouxe pra esta ilha não exatamente deserta).

Além disso, pace Mortimer Adler, tenho lá minhas dúvidas de que haja livros de ficção infinitamente "re-legíveis". Então deixaria de lado obras que li e gostei, de Wilde, Pessoa, Auden -- que logo estarão todos proibidos no Alabama -- Ayn Rand, Tolkien, e arriscaria em dois que mal comecei a ler, mas que certamente me tomariam bastante tempo:

Paradise Lost, de Milton. Não li mais que as primeiras páginas, talvez nunca termine, e mesmo que termine não sei será um dos meus livros preferidos. Mas dada a situação acho que seria amusing.

Em Busca do Tempo Perdido, de Proust. Só li O Caminho de Swann, mas vide parágrafo anterior.

Depois, a coleção de partidas de Go Seigen, o maior jogador de go no século passado. Cada partida, uma estória. Centenas de partidas, diversão garantida por anos. Eu só teria que fabricar um tabuleiro e achar 361 conchas pra fazer as pedras.

E finalmente, The Art of Computer Programming, de Don Knuth. Geek, eu? Imagina.

Ah, lembrei agora (é o sexto livro já, mas eu levaria escondido). Levaria a obra de mitologia de Bulfinch, de preferência uma edição ilustrada. Não sei o nome da edição original, mas já vi como The Age of Fable ou simplesmente Bulfinch's Mythology. Eu dei uma edição brasileira, chamada O Livro de Ouro da Mitologia, de presente pra minha mãe. Apesar de ser da Ediouro, é bem feita e muito bonita.

Três pessoas a quem vais passar este testemunho e por quê?

Rodrigo, TH, Flavião. Assim, quem sabe eu não pareça tão geek. E pro Alexandre Cruz Almeida Alex Castro (caso ainda leia este blog), porque incrivelmente ainda não vi seu nome citado neste meme.
# posted by rafael @ 00:54 |