O
mozart deu um dos melhores argumentos para a reeleição de Bush: é o candidato das charges infinitas.
Mas será mesmo? Digo, mais 4 anos de Bush-bashing! Mais 4 anos de filminhos em Flash com o Bush. Mais 4 anos de Michael Moore fazendo "documentários" bombásticos. Mais 4 anos de imprensa e blogs metendo o pau na "direita religiosa" que, dizem, é tão perigosa quanto o fundamentalismo islâmico; lamentando a não assinatura do Protocolo de Kyoto; criticando a arrogância de não se submeter a ONU -- o que basicamente significa pedir permissão aos
franceses para invadir o Iraque (não sou contra nem a favor à invasão, mas não é esse o ponto). Não importa que Kerry também não apóie Kyoto, e tenha votado a favor da invasão.
E os brasileiros (não só jornalistas, qualquer brasileiro), falando do lamentável estado da democracia estadunidense.
Imagine só, jecas ignorantes do meio-oeste elegendo um presidente! As ironias são múltiplas, é até chato listar todas. Pra começar, são as mesmas pessoas que celebraram a chegada do "homem do povo" (i.e., jeca ignorante) ao Planalto. E no Brasil o analfabetismo beira os 15%, o que dá idéia da diferença entre jeca ignorante lá e cá.
O lado bom é que alguns brasileiros toparam com esse negócio de "federalismo". Chamam de anacronismo, é verdade, mas pelo menos tiveram contato com o conceito. Daqui a alguns anos, quem sabe, entendam o conceito de "Constituição para limitar o poder do governo, com menos de 500 artigos".
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